Hipertensão: uma das principais causas de morte materna

por Priscilla Moraes

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Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão é responsável por 13,8% das mortes maternas no Brasil. Este distúrbio é um dos mais comuns em grávidas e se apresenta como pré-eclâmpsia quando acompanhado da eliminação anormal de proteína pela urina. Apesar do conhecimento das causas e fatores de risco, ainda há incerteza quanto ao perfil do grupo que é atingido e porque ele é acometido.

A pré-eclâmpsia resulta de um funcionamento defeituoso das pequenas artérias da placenta, provocando má oxigenação. No grupo de risco estão mulheres com existência pré-gestacional de hipertensão e diabetes. Mas, segundo o Prof. Roberto Bassan, Coordenador do Curso de especialização em Cardiologia da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio, as mulheres do grupo de risco não são as que normalmente desenvolvem o quadro: "Dentre as mulheres que têm pré-eclâmpsia, a maioria não é previamente hipertensa apesar da existência prévia de hipertensão arterial ser um fator de risco para o seu aparecimento".

No caso de mulheres que não estão no grupo de risco, mas mesmo assim desenvolvem a hipertensão, ainda não se sabe por que isso acontece justamente nesse período. Segundo o Prof. Bassan, geralmente, essas pessoas não continuam hipertensas após a gravidez.

O tratamento é feito através de repouso absoluto, restrição de sal e drogas anti-hipertensivas. Mulheres diabéticas devem também controlar cuidadosamente a glicemia através do uso apropriado da medicação hipoglicemiante e da dieta pobre em carboidratos. Se, mesmo assim, surgir alterações no fígado, no pulmão, na coagulação sanguínea ou crise convulsiva, faz-se o diagnóstico de Eclâmpsia que é um quadro clínico grave e exige a imediata interrupção da gravidez, pois coloca a vida da mulher em risco.