Vacina contra a COVID-19 produz anticorpos eficazes em pacientes imunossupressores

Vacina contra COVID-19 pode produzir anticorpos em 90% das pessoas com doenças autoimunes tratadas com imunossupressores, porém a resposta é mais fraca do que as geradas por pessoas saudáveis. O estudo publicado na revista Annals of Internal Medicine analisou pessoas que tomam medicamentos imunossupressores para tratar doenças inflamatórias crônicas, como doença inflamatória intestinal e artrite reumatóide. Uma vez que um nível mínimo de anticorpos necessários para proteção não foi estabelecido, é difícil dizer se os níveis alcançados por pessoas que tomam drogas imunossupressoras são altos o suficiente para protegê-los de COVID-19 grave.

Os pesquisadores apontam que essa descoberta é encorajadora para essa população que enfrenta um alto risco de doenças graves. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendaram recentemente que as pessoas que tomam imunossupressores recebam uma terceira dose da vacina para fortalecer suas respostas imunológicas.

Os resultados da pesquisa mostraram que todos os participantes saudáveis e 88,7% dos participantes imunossuprimidos produziram anticorpos contra o vírus que causa COVID-19. No entanto, os níveis de anticorpos e o número de células produtoras de anticorpos no grupo imunossuprimido eram um terço dos níveis do grupo saudável. Duas classes de drogas levaram a respostas imunológicas particularmente fracas. Apenas 65% das pessoas que tomam glicocorticoides e 60% das pessoas que tomam terapias que destroem as células B desenvolveram respostas detectáveis de anticorpos. Pessoas que tomam antimetabólitos como metotrexato, inibidores de TNF ou inibidores de JAK, por outro lado, não geram respostas imunológicas significativamente mais fracas do que pessoas que não tomam esses medicamentos.

Fonte: https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M21-1757