Indivíduos psicopatas são mais propensos a ter maior região de estriado no cérebro

Neurocientistas descobriram a existência de uma diferença biológica entre psicopatas e não psicopatas. O estudo publicado no Journal of Psychiatric Research utilizou exames de ressonância magnética (RM) e descobriu que uma região do cérebro conhecido como estriado, era, em média, dez por cento maior em indivíduos psicopatas em comparação com um grupo de controle de indivíduos que tinham traços psicopáticos baixos ou sem traços psicopáticos. Psicopatas, ou aqueles com traços psicopáticos, são geralmente definidos como indivíduos que têm uma personalidade egocêntrica e antissocial. Isso é normalmente marcado pela falta de remorso por suas ações, falta de empatia pelos outros e, muitas vezes, tendências criminosas.

O estriado, que faz parte do cérebro, é a região subcortical do cérebro que coordena múltiplos aspectos da cognição, incluindo planejamento motor e de ação, tomada de decisão, motivação, reforço e percepção de recompensa.

Estudos anteriores apontaram para um estriado excessivamente ativo em psicopatas, mas não determinaram conclusivamente o impacto de seu tamanho nos comportamentos. O novo estudo revela uma diferença biológica significativa entre pessoas que têm traços psicopáticos e aquelas que não têm.
A compreensão do papel da biologia no comportamento antissocial e criminal pode ajudar a melhorar as teorias existentes de comportamento, bem como informar as opções de política e tratamento.

Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0022395622001273?via%3Dihub