Caso de ebola deixa o país em alerta

por Thays Viana

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Recentemente, uma suspeita de caso do ebola foi registrada em Belo Horizonte (MG), o caso está sendo investigado pelo Ministério da Saúde. O paciente está isolado na FIOCRUZ, no Rio de Janeiro. Ele tem 46 anos e acaba de voltar de viagem da Guiné, na África do Sul. O primeiro exame deu negativo, entretanto outros exames ainda precisam ser realizados para descartar a suspeita. Desde março de 2014, já foram registradas mais de 11 mil vítimas.

A doença é causada pelo vírus Ebola, nativo da África, descoberto em 1976. Esse nome se dá por conta do rio Ebola, na República Democrática do Congo, onde o vírus foi encontrado pela primeira vez. As pessoas que têm mais riscos de contaminação são os familiares e os profissionais de saúde, pelo contato direto com o doente. Além disso, é possível entrar em contato com o vírus em lugares com infestação de morcegos, como minas e cavernas, por exemplo, isso porque o vírus não provoca doença nos morcegos e qualquer fruta meio comida por eles pode servir de alimento para outros animais, iniciando uma epidemia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ebola é transmitido pelo contato direto com o sangue, fluidos corporais como, vômito, sêmen, saliva, urina ou fezes e tecidos de animais ou pessoas infectadas. É uma doença grave e que pode levar à morte com rapidez, porém não é altamente transmissível, por isso, é preciso diagnosticar a pessoa e isolá-la imediatamente, para que o vírus não se propague.

Os sintomas iniciais se assemelham aos da gripe, como febre, dor de cabeça, dor no corpo, garganta inflamada e eles só aparecem entre dois a vinte dias após a contaminação. Com a progressão da doença, os sintomas passam a ser, vômito, diarreia, olhos vermelhos e inchaço nas regiões genitais. Entretanto, o principal sintoma é a febre hemorrágica, que causa sangramentos em órgãos internos. Outras doenças como, cólera, hepatite, malária e meningite têm os mesmos sintomas, por isso é difícil diagnosticar o ebola somente pelos sintomas, se houver alguma suspeita da doença é preciso fazer um exame específico chamado ensaio imunoenzimático (ELISA).

Conforme o ebola vai progredindo, é possível que o doente tenha maiores complicações na sua saúde, como, falência múltipla dos órgãos, delírio, convulsões e coma. Para os sobreviventes, a recuperação é lenta, podendo levar tempo para recuperar peso, cabelos, força, entre outros prejuízos. Não está disponível ainda nenhum tipo de tratamento específico para a doença, portanto é preciso ficar atento aos cuidados e prevenções do ebola. Lavar bem as mãos, não manter contato com pessoas ou objetos contaminados, e não manusear sem proteção corpos de pessoas que morreram de ebola, pois ainda são contagiosos.