Sono desencadeado pelo estresse pode ajudar a lidar com a ansiedade

Pesquisadores descobriram que o estresse aumenta um tipo de sono, em camundongos, que posteriormente, alivia a ansiedade. A pesquisa publicada na revista Science relatou que uma vez que o sono é semelhante entre os mamíferos, é provável que o mesmo mecanismo seja acionado em cérebros humanos. Descobrir o mecanismo pode levar a formas artificiais de aumentar seus efeitos, ajudando a tratar distúrbios persistentes do estresse, como o TEPT.

Os pesquisadores explicaram que existem dois tipos principais de sono que todos os mamíferos experimentamos: REM (movimento rápido dos olhos, onde tendemos a sonhar), e não-REM (NREM; sono mais profundo e sem sonhos). Pessoas que sofrem de TEPT experimentam menos sono REM, contribuindo para a teoria de que o sono REM ajuda a processar emoções difíceis e estresse.

Os resultados adicionam peso à ideia de que o sono REM ajuda a lidar com o estresse. No entanto, antes havia sido descoberto como o sono REM é reduzido, como algumas drogas que o suprimem.

Os testes submeteram os camundongos a um estresse psicossocial chamado "derrota social", que é usado como análogo ao bullying humano. Os camundongos foram expostos a camundongos particularmente agressivos (sem danos físicos), após os quais os pesquisadores observaram que hormônios de "voo ou luta" aumentaram em seu sangue, indicando estresse. Quando os camundongos dormiam, os pesquisadores rastrearam a atividade de seus neurônios (células cerebrais). Isso revelou um conjunto específico de neurônios que detectou e respondeu aos níveis hormonais de estresse e induziu o sono alto tanto em NREM quanto em REM.

Tendo encontrado esse novo mecanismo, a equipe espera encontrar maneiras de direcionar seletivamente os neurônios responsáveis para aumentar seus efeitos positivos através do sono.

Fonte: https://www.science.org/doi/10.1126/science.abn0853