Febre maculosa tem 75% de taxa de mortalidade, segundo Ministério da Saúde

Por Carolina Lopes Bottino

A febre maculosa é uma doença bacteriana transmitida pela picada do carrapato e, se não tratada devidamente, pode levar à morte. Os sintomas mais comuns são manchas vermelhas na pele, náuseas, dores de cabeça e febre alta.

Recentemente, cerca de 8 pessoas morreram após uma festa em Campinas, no interior de São Paulo, após entrarem em contato com o carrapato-estrela, responsável por transmitir a doença. Apenas em 2023, foram 53 diagnósticos, sendo que a maior parte deles estão concentrados no estado de São Paulo, segundo dados do Ministério da Saúde.

Os casos podem ser tanto leves quanto graves, a depender da intensidade dos sintomas e qual tipo de carrapato foi responsável pela picada, pois todas as espécies são capazes de transmitir a bactéria, mesmo que a gravidade da infecção varie. Nesse sentido, os cães podem ser infectados, mas não conseguem transmitir a infecção para o ser humano, apenas se este estrar em contato com o aracnídeo.

A principal causa de letalidade é devido a demora pela busca de tratamento, que é feito com antibióticos específicos, pois a doença pode ser confundida com outras enfermidades de sintomas parecidos, como a dengue.

No último ano, foram 62 casos no estado de São Paulo, e destes, 47 foram a óbito, o que indica 75% de taxa de letalidade. Os quadros estão espalhados pelo Brasil, mas possuem concentração na região Sudeste. Apesar de não ser transmissível de um indivíduo para outro, é comum ter infecções simultâneas, quando duas ou mais pessoas conhecidas diagnosticadas com febre maculosa. Isso acontece pois são casos em que os infectados foram juntos ao mesmo local de contaminação, havendo mais chances de transmissão pelos carrapatos que ali viviam.

Portanto, ter atenção quanto à doença é extremamente necessário, principalmente em relação aos lugares visitados que estão cercados pela natureza. O ideal, nesses casos, é utilizar roupas que cubram os braços e as pernas, de cor clara, facilitando a visualização de possíveis carrapatos. Entretanto, nunca se deve espremer o animal, pois ele pode espalhar mais bactérias. Assim, a melhor medida a se tomar é retirá-lo com uma pinça.