Cerca de 2 milhões de brasileiros sofrem de doença celíaca, informa CNS

“A ingestão acidental do glúten está entre as maiores dificuldades enfrentadas pelos celíacos”, afirma a doutoranda em Ciências da Saúde e fundadora do Centro Brasileiro de Apoio Nutricional, Noadia Lobão. A especialista participou do I Ciclo de Palestras em Nutrição da PUC-Rio e contou sobre a rotina alimentar de pacientes celíacos.

Nutricionista Noadia Lobão palestra sobre doença celíaca.

Por Carolina Lopes Bottino

A doença celíaca é caracterizada pela intolerância ao glúten e atinge 78 milhões de pessoas pelo mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entretanto, por ter sintomas em comum com outras doenças, pode ser de difícil diagnóstico. No Brasil, entre os 2 milhões de portadores, 80% não possui o diagnóstico, de acordo com o Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Segundo a nutricionista, além da dificuldade no diagnóstico, os pacientes ainda sofrem com sequelas da ingestão acidental do glúten devido a contaminação cruzada, onde um alimento sem glúten entra em contato com outros que possuem. Os sintomas mais comuns são a diarreia, refluxo, fadiga e dores musculares. A doença pode ser diagnosticada por meio do exame de sangue.

Ainda que a diminuição da ingestão do glúten traga benefício a todos, Noadia recomenda que jamais se exclua o alimento da rotina alimentar sem um diagnóstico concreto, pois podem haver sequelas devido à falta de nutrientes na flora intestinal de maneira repentina.