"Phubbing": hábito que tem afetado diversos relacionamentos

Segundo pesquisa realizada pela consultoria inglesa Tecmar, as pessoas pegam em seus aparelhos celulares mais de 200 vezes por dia.

Por Nicole Rangel Correia

Phubbing é a junção das palavras phone (telefone) e snubbing (esnobar), e pode ser definido como o ato de ignorar pessoas ao redor por causa do uso do celular. O termo foi criado há 10 anos, em 2013, pelo dicionário australiano Macquarie.

A tecnologia permeia cada vez mais as relações interpessoais do ser humano, podendo impactar tanto de maneira benéfica quanto prejudicial. A exemplo disso, o phubbing tem afetado diversos relacionamentos de maneira negativa.

No caso do relacionamento conjugal, particularmente, a comunicação entre os parceiros é fundamental. Quando um lado se abstém de conversar, olhar nos olhos ou dar atenção ao outro de maneira geral, sérios danos podem ser gerados dentro da união. Nesse sentido, a revista Computers in Human Behavior publicou um estudo realizado por pesquisadores que analisaram as relações entre phubbing e satisfação conjugal.

A partir da análise de centenas de casais, os estudiosos observaram que uma menor escuta efetiva e empatia estavam associadas ao phubbing, e que isso reduzia, consequentemente, a satisfação conjugal. De maneira geral, o estudo provou o que já era esperado: os casais adeptos ao phubbing têm menos satisfação conjugal do que os que não aderiram à prática.

Para além dos relacionamentos amorosos, o mau hábito de usar o celular de maneira excessiva durante as interações pode afetar também amizades ou famílias, gerando conflitos e problemas comunicacionais.

Trocar os laços afetivos pelas telas é perigoso e danoso à saúde dos relacionamentos. Por isso, é preciso ter moderação e consciência quando estiver acompanhado: priorize sempre as pessoas que estão com você e não o celular. Dê atenção, ouça e pratique sua empatia. Desconectar é importante.