Brasil é o segundo país mais estressado do mundo, segundo a Associação Internacional do Controle do Estresse

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 90% da população mundial sofre com estresse.

Por Nicole Rangel Correia

O estresse pode ser definido como uma resposta do organismo a estímulos que representam cenários de incerteza ou circunstâncias súbitas. Como resultado dessa reposta, inúmeros sintomas podem se manifestar tanto na mente, como no corpo.

As evidências de uma pessoa estressada não se encontram somente em comportamentos diferentes (hipersensibilidade, ansiedade, dificuldade de concentração...), mas também em enfermidades físicas, como a taquicardia, sudorese, o bruxismo e a tensão muscular, por exemplo. A associação do estresse aos sintomas necessariamente mentais é equivocada. Lívia Mello Sales, psicóloga do Ambulatório Escola São Lucas, explica isso de maneira mais clara: “nosso corpo e mente estão intimamente ligados. Se você não estiver bem psicologicamente, seu corpo nitidamente vai reagir.”.

Segundo a especialista, algumas pessoas têm seu estresse traduzido em sintomas mentais, e algumas em sintomas físicos, não há uma estimativa certa de qual é mais recorrente. Nesse sentido, a atenção aos dois casos é fundamental: é necessário observar se alguns dos comportamentos (tanto mentais, quanto físicos) são resultado de um estresse, e a partir dessa observação, mudar hábitos. “Precisamos entender que parar também é ser produtivo. Nós queremos ser produtivos o tempo todo e isso está extremamente ligado ao estresse”, explicou a psicóloga.  

Portanto, a fim de melhorar o quadro de estresse, seguir a “receita de bolo” mencionada pela psicóloga Lívia é crucial: “dormir bem, se alimentar bem, se hidratar e fazer exercício físico”, além de buscar ajuda profissional: “a terapia traz autoconhecimento e isso ajuda a traçar o que te faz bem, o que te faz mal e as estratégias que devem ser usadas”.