Entenda as descobertas que podem significar boas notícias para pessoas com Alzheimer

Por Maitê Branco Kroeber

Escolhida pela federação Alzheimer´s Disease International (ADI), dia 21 de setembro marca o Dia Internacional do Alzheimer, uma doença que cada vez mais afeta o cérebro de milhares de pessoas pelo mundo. Só no Brasil, o Ministério da Saúde estima que 1,2 milhão de pessoas vivam com algum tipo de demência e que por volta de 100 mil novos casos sejam diagnosticados anualmente. Porém, com o constante desenvolvimento da medicina, novas maneiras de se olhar para essa doença vem surgindo - principalmente em como ela pode ser diagnosticada e até mesmo tratada. 

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência degenerativa em pessoas de idade e costuma ser marcada por dois processos: o acúmulo da proteína beta-amilóide no espaço entre os neurônios e depois a sua lesão por outra proteína conhecida como TAU. Dessa maneira, a partir desses conhecimentos, profissionais de saúde já foram capazes de desenvolver testes mais assertivos que o “famoso” questionário padrão na hora de diagnosticar um paciente. 

Através de exames de imagem (como PET/CT), líquor (coleta por punção de uma amostra do líquido presente na medula espinhal e no cérebro), e agora, sangue, diagnósticos precoces já conseguem ser feitos, contribuindo para um tratamento e prevenção mais efetivos. Por aqui, o Grupo Fleury trouxe ao país o teste PrecivityAD2, que detecta proteínas capazes de indicar a presença de placas amiloides no cérebro.

Assim, remédios para o tratamento de demência em seu estágio inicial também já estão em fase de desenvolvimento e alguns até foram liberados para uso. Medicamentos como o Aducanumabe (da farmacêutica Biogen) e o Lecanemabe (dos laboratórios Eisai e Biogen) foram testados recentemente em pacientes com relativo sucesso. Apesar de não tratar a doença completamente, os remédios contribuíram ao atrasar a evolução do Alzheimer para etapas mais graves e incapacitantes - o equivalente a cerca de quatro a seis meses de atraso. 

Além disso, uma pesquisa recente feita no Reino Unido e na Bélgica foi capaz de detalhar a forma como a doença “mata” os neurônios. Em um artigo publicado pela revista acadêmica Science, pesquisadores observaram que é por meio do acúmulo das fibrilas protéicas amilóides anormais entre os neurônios que é desenvolvida a inflamação cerebral que prejudica essas células. 

Portanto, mesmo que algumas dessas descobertas ainda precisem passar por mais testes para confirmar a sua eficácia, todas já quantificam grandes passos em como lidar com essa doença tão debilitante. 

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